Seguro automóvel em tempo de crise

A crise económica e financeira tem obrigado os portugueses a procurarem um seguro automóvel mais barato.

O constrangimento financeiro obriga-nos a poupar praticamente em tudo, e o seguro automóvel não é exceção.

Também no domínio do seguro para automóveis, a crise tem sido perfeitamente constatável, observando-se uma maior preocupação em procurar soluções que permitam poupar dinheiro.

Poupar dinheiro é para muitos, um sinónimo de soluções low cost, como os produtos de seguros comercializados pelas várias seguradoras diretas que foram surgindo no país nos últimos anos e que baseiam as suas operações em canais menos onerosos que possibilitam ganhos traduzíveis em prémios mais baixos.

Sumariamos nos próximos parágrafos os comportamentos dos consumidores que temos vindo a constatar em relação às ovas apólices de seguro automóvel e à transferência dos contratos atuais.

Sintomas da crise no seguro automóvel

• Recurso ao low-cost: os portugueses são cada vez mais sensíveis ao baixo custo e tentam encontrá-lo nas seguradoras diretas, também chamadas de seguradoras low-cost.
• Downsizing do tipo de seguro: as pessoas libertam-se de algumas coberturas que lhes conferiam mais garantias, ficando com o subconjunto mínimo de proteção, tudo para poderem ter um preço mais baixo.
• Maior fracionamento dos pagamentos: os segurados tentam cada vez mais, pagar os prémios dos seguros, de forma o mais fracionada possível, mesmo incorrendo nalgum agravamento ou não tirando partido de descontos de pagamento por inteiro.

Estamos cada vez mais a ser procurados por quem tendo seguros mais recheados de coberturas, procura soluções mais básicas, logo baratas, mesmo com perda de garantias. As pessoas estão a reconfigurar os seus seguros.

Atente-se no caso do seguro de danos próprios.

Alguns segurados com danos próprios dirigem-se a nós para mudarem o seguro para o chamado seguro contra terceiros, o que dispõe apenas ou principalmente da cobertura obrigatória de responsabilidade civil.

Transformar o chamado seguro contra todos os riscos num seguro mínimo obrigatório não é propriamente um caso de poupança, pois as pessoas estão a perder coberturas e garantias, mas o consumidor nesta conjuntura abdica e o que lhe importa é ter uma conta menor para pagar.

Outra tendência que se vai notando prende-se com o fracionamento dos prémios.

Há cada vez mais pedidos para partir o pagamento dos prémios do seguro automóvel por várias parcelas. O fracionamento semestral e principalmente o trimestral são muito pedidos, na medida em que os segurados pretendem distender o custo do seguro ao longo do ano sem o concentrarem num único mês e conseguindo assim gerir melhor o orçamento ao longo do ano.